Nova taxa de uso da água no Piauí 2025 pode custar R$ 250 mil por ano a pequenas fazendas
- Stéfano Lehnen

- 15 de set.
- 2 min de leitura
Uso da Água no Campo: Nova Taxa Preocupa Produtores Rurais
A partir de 15 de maio de 2025, produtores rurais do Piauí precisarão lidar com uma nova exigência: o pagamento pela captação de água. A Resolução nº 02/2025 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) estabelece a nova taxa de uso da água no Piauí 2025, afetando tanto águas superficiais quanto subterrâneas.
Representantes da Aprosoja Piauí, Janailton Fritzen (presidente) e Rafael Maschio (diretor executivo), participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o impacto da medida, especialmente sobre pequenos e médios produtores que utilizam irrigação.
Quanto custa a nova taxa de uso da água no Piauí 2025?
Simulações da Aprosoja apontam que a cobrança pode chegar a R$ 250 mil por ano para fazendas com 10 mil hectares. O valor será proporcional ao volume outorgado. Se o produtor não tiver hidrômetro, pagará pelo volume máximo estimado na licença, mesmo que consuma menos.
Um produtor de médio porte que utiliza 1.000 m³/dia poderá ter um custo adicional de R$ 1.500 mensais. Isso se soma a despesas já elevadas com energia elétrica, perfuração e manutenção de poços, que no cerrado podem custar de R$ 800 mil a R$ 1 milhão.
Risco para investimentos em irrigação
A Aprosoja alerta que a nova taxa de uso da água no Piauí 2025 pode desestimular novos projetos de irrigação. Isso afeta diretamente o potencial de crescimento de uma das áreas mais promissoras do agronegócio piauiense, já que a irrigação é vista como caminho para aumentar produtividade e gerar empregos.
Quem estará isento da nova taxa?
De acordo com a Resolução, estarão isentos:
Núcleos de agricultura familiar com uso de até 1.000 litros/hora por no máximo 8h/dia;
Assentados da reforma agrária;
Pessoas físicas no CadÚnico;
Comunidades tradicionais.
A nova taxa pelo uso da água no Piauí 2025 traz à tona um debate importante: como equilibrar o uso sustentável da água sem comprometer a competitividade do agronegócio.
Embora o valor inicial possa parecer pequeno, o histórico de aumentos tributários no estado gera preocupação. É fundamental que o debate continue, com transparência e participação dos produtores rurais.
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